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Título: Obstinação, memória e escrevi(sentir)vência em A Mulher de Pés Descalços, de Scholastique Mukasonga
Autor: Epaminondas, Paulo Fernando Medeiros
Endereco Lattes do autor: http://lattes.cnpq.br/7448147847577762
Orientador: Teixeira, Renata Pimentel
Endereco Lattes do orientador : http://lattes.cnpq.br/1789141041884024
Palavras-chave: Literatura africana - Análise do discurso;Memória na literatura;Escritoras negras - Aspectos antropológicos;Análise do discurso narrativo
Data do documento: 7-Ago-2018
Citação: EPAMINONDAS, Paulo Fernando Medeiros. Obstinação, memória e escrevi(sentir)vência em A Mulher de Pés Descalços, de Scholastique Mukasonga. 2018. 30 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras) - Departamento de Letras, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2018.
Resumo: Este ensaio tem como objetivo analisar no romance A Mulher de Pés Descalços (2017), relato biográfico sobre Stefania, mãe de Scholastique Mukasonga, autora da obra; as categorias obstinação, memória e escrevi(sentir)vência, a partir da voz autoral de Stefania. O suporte teórico do ensaio parte do conceito de escrevivência evaristiano (1996) para analisar a voz autoral de Stefania enquanto uma escrita-vivênciasentida, em categorias que permeiam o romance do início ao fim. Também apoiam teoricamente o ensaio as concepções de Adichie (2009) sobre o perigo de reproduzirmos histórias únicas ou a importância de rompermos com paradigmas impostos sem reflexão (2012); os estudos sobre lugar de fala de Ribeiro (2017); as discussões sobre o falar subalterno de Spivak (2010); o debate sobre as condições sociais da mulher e sua influência na produção literária feminina de Woolf (1928) e o entendimento sobre o pacto autobiográfico de Lejeune (2008), dentre outros autores que se relacionam teoricamente ao desenvolvimento temático do ensaio. A metodologia do ensaio consistiu numa revisão bibliográfica, com embasamento no método dialético de pesquisa e em sua lei fundamental da ação recíproca, de Lakatos e Marconi (2003). Com a iniciativa do ensaio, considera-se que a leitura pode se tornar humanizadora, haja vista a perspectiva da literatura enquanto um direito humano, conforme defende Candido (2014), principalmente quando a escolha de quem escreve e a permissão de quem lê se encontram; e ainda que, entre descobertas e identificação, como realidades, as vozes femininas negras solicitam reconhecimento: é necessário combater o silenciamento vivenciado pela literatura feminina negra nos dias atuais e este trabalho busca contribuir para ecoar isso. Tempo de ainda perseverar, conhecer, reverberar, libertar.
URI: https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/839
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