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Título: Percepção dos acadêmicos de medicina veterinária quanto à biossegurança nas aulas práticas
Autor: Souza, Kássia Mirela Silva de
Endereco Lattes do autor: http://lattes.cnpq.br/3710088191339445
Orientador: Brandespim, Daniel Friguglietti
Endereco Lattes do orientador : http://lattes.cnpq.br/0279327020788151
Palavras-chave: Biossegurança;Medicina veterinária - Avaliação de riscos de saúde;Higiene veterinária;Imunização
Data do documento: 18-Jan-2019
Citação: SOUZA, Kássia Mirela Silva de. Percepção dos acadêmicos de medicina veterinária quanto à biossegurança nas aulas práticas. 2019. 48 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina Veterinária) - Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2019.
Abstract: Academics in veterinary medicine are exposed to several types of risks in practical classes. The understanding of the risk to which a health professional is exposed starts at the undergraduate level, from the moment of contact with the risk and study environments. In this sense, this work aimed to evaluate the perception of the veterinary medicine students about biosafety in practical classes. This is a quantitative, descriptive and cross-sectional study carried out with veterinary academics from the Federal Rural University of Pernambuco (UFRPE) Recife campus, state of Pernambuco, Northeast Brazil. The data collection instrument was a semi-open questionnaire, and data collection was carried out in September 2018. 96 students from the 3rd to the 10th period participated in the study. Data from the questionnaires were analyzed using descriptive statistics and the Fisher Exact test. After analyzing the data, it was found that a large part of the students have the habit of re-capping needles (71.88%), a significant part does not always follow the laboratories biosafety norms (33.33%) and a significant percentage ( 42.71%) is not aware of all the risks that may be present in practical graduation activities. Regarding the occurrence of accidents, 20 (20.83%) reported having suffered one or more of one type of accidents in the practical classes, a large part of which was sharps (34.37%), a significant part (35%) was not using Personal Protective Equipment (PPE) at the time of the accident. In addition, there was a lack of standardization in the procedures performed after the accidents. Regarding biosafety education, 44.79% stated that they only receive "biosafety guidance" before the practical classes, 80.21% of the students believe that the number of practical classes is insufficient to face the occupational risks inherent to biosafety. profession of the veterinarian, 67.71% of the students believe it is necessary to include the biosafety discipline in the curriculum of the veterinary medicine course. This study found a significant association between the variable "inclusion of biosafety discipline" and "believes that it has sufficient knowledge about biosafety". Regarding the updating of the vaccination portfolio, a large part stated that they had not received information regarding the need to update the vaccination portfolio and only 34.38% were immunized against rabies, 69.79% against tetanus and 30.21% against fever Yellow. Given the results presented, there is a lack of training regarding biosafety and a need to update the immunization portfolio of the students. It is suggested to include the discipline biosafety in the curriculum of the course of veterinary medicine to promote greater knowledge regarding the subject under study. In addition, it is proposed that the coordination of the course of veterinary medicine of the Federal Rural University of Pernambuco, in partnership with the team of the National Immunization Program (PNI) of the Municipality of Recife, carry out a campaign to update the immunization portfolio of the academics.
Resumo: Os acadêmicos do curso medicina veterinária estão expostos a diversos tipos de riscos nas aulas práticas. A compreensão sobre o risco a que um profissional da saúde está exposto inicia na graduação, a partir do momento que ocorre contato com os ambientes de risco e de estudo. Nesse sentido, este trabalho objetivou avaliar a percepção dos acadêmicos do curso de medicina veterinária sobre a biossegurança nas aulas práticas. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, descritiva e transversal, realizado com acadêmicos de medicina veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) campus Recife, estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. O instrumento de coleta de dados foi um questionário semi-aberto, sendo a coleta dos dados realizada em setembro de 2018. Participaram da pesquisa 96 acadêmicos do 3º ao 10º período. Os dados dos questionários foram analisados por meio de estatística descritiva e do teste Exato de Fisher. Após a análise dos dados, constatou-se que grande parte dos acadêmicos tem o hábito de reencapar agulhas (71,88%), uma parte significativa não segue sempre às normas de biossegurança dos laboratórios (33,33%) e um percentual significativo (42,71%) não está ciente de todos os riscos que podem estar presentes nas atividades práticas da graduação. Com relação à ocorrência de acidentes, 20 (20,83%) afirmaram terem sofrido um ou mais de um tipo de acidentes nas aulas práticas, sendo grande parte com material perfurocortante (34,37%), parte significativa (35%) não estava usando Equipamento de Proteção Individual (EPI) no momento do acidente. Além disso, observou-se falta de padronização nos procedimentos realizados após os acidentes. Quanto ao ensino da biossegurança, 44,79% afirmaram que recebem apenas “às vezes” orientação quanto à biossegurança antes da das aulas práticas, 80,21% dos discentes acreditam que a quantidade de aulas práticas é insuficiente para enfrentar os riscos ocupacionais inerentes a profissão do médico veterinário, 67,71% dos alunos acreditam ser necessário a inclusão da disciplina biossegurança na grade curricular do curso de medicina veterinária. Verificou-se neste estudo associação significativa entre a variável “inclusão da disciplina biossegurança” e “acredita ter conhecimento suficiente sobre biossegurança”. No diz respeito à atualização da carteira de vacinação, grande parte afirmou não ter recebido informação quanto à necessidade de atualização da carteira de vacinação e apenas 34,38% foram imunizados contra raiva, 69,79% contra tétano e 30,21% contra febre amarela. Diante dos resultados apresentados, nota-se falta de capacitação quanto à biossegurança e uma necessidade de atualização da carteira de vacinação dos acadêmicos. Sugere-se incluir a disciplina biossegurança na grade curricular do curso de medicina veterinária para promover maior conhecimento quanto ao tema em estudo. Além disso, propõe-se que a coordenação do curso de medicina veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco, em parceria com a equipe do Programa Nacional de Imunização (PNI) da Prefeitura do Recife, realize uma campanha para atualização da carteira de vacinação dos acadêmicos.
URI: https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/952
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