Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/4431
Título: Pescadores e pescadoras artesanais: impactos socioeconômicos e ambientais do desastre do petróleo em municípios costeiros da Bahia.
Autor: Giusti, Juliana Vieira de Melo
Endereco Lattes do autor: http://lattes.cnpq.br/3625924633830411
Orientador: Frédou, Flávia Lucena
Endereco Lattes do orientador : http://lattes.cnpq.br/4779271407117528
Co-orientador : Ferreira, Beatriz Mesquita Pedrosa
Endereço Lattes do Co-orientador : http://lattes.cnpq.br/3994459073070495
Palavras-chave: Derramamento de óleo;Impacto ambiental;Pesca artesanal;Pescadores;Condições econômicas
Data do documento: 21-Dez-2021
Citação: Giusti, Juliana Vieira de Melo. Pescadores e pescadoras artesanais: impactos socioeconômicos e ambientais do desastre do petróleo em municípios costeiros da Bahia. 2021. 42 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia de Pesca) - Departamento de Pesca e Aquicultura, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2021.
Abstract: To assess the impact caused by the oil spill on artisanal fishing in the state of Bahia, a field research was structured a year later, as well as a quantitative research using the Joaquim Nabuco Foundation (Fundaj Foundation) database for the state of Bahia. Altogether 605 fishermen answered the quantitative research questionnaire belonging to ten different municipalities in Bahia and 40 fishermen were interviewed for qualitative research in three communities of Porto Seguro and Prado municipalites, in the Extractive Reserve of Corumbau-BA. From the qualitative and quantitative research, respectively, 34 / 85% fish as their main activity, and 55% and 51.5% have "Registro Geral da Pesca - RGP" (General Registrer of Fishworkers). In addition to the impact on the environment, 38 and 92.4% said that the oil caused damage to fishing areas, the financial loss was cited: 24 declared zero income in the first months and 16 people had a reduction between 50% and 70% of their income. and 86.4% had an average reduction in family income. Problems such as the difficulty in purchasing other components of basic food and the devaluation of fish, with values taking more than a half year to return to market prices, were mentioned. In addition, during the pandemic period, the demand for fish suffered, resulting in a further decrease in price. Right after the disaster, the pandemic led to disarticulation, as many fishermen do not have remote access conditions. The resistance of traditional and environmental peoples was observed. Despite the sequence of impacts, they continued fishing, which should not be a justification for the lack of responsibility and compensatory actions. Health damage needs to be investigated. In addition, environmental and fish health monitoring needs to be carried out on an ongoing basis. It is necessary to listen to the communities, reinforce digital inclusion to facilitate meetings remotely in the pandemic, aiming to resume the articulations that strengthen the management of territories in a participatory and efficient manner.
Resumo: Com o objetivo de avaliar o impacto causado pelo derramamento de petróleo para a pesca artesanal no estado da Bahia, pesquisa de campo foi estruturada, um ano depois, como também analisado o banco de dados, para estado da Bahia, da Fundação Joaquim Nabuco - Fundaj para pesquisa quantitativa. Ao todo 605 pescadores responderam o questionário da pesquisa quantitativa pertencentes a dez municípios distintos da Bahia e 40 pescadores (as) foram entrevistados para pesquisa qualitativa em três comunidades de Porto Seguro e Prado, na Reserva Extrativista de Corumbau - BA. Da pesquisa qualitativa e quantitativa, respectivamente, 34 / 85% pescam como atividade principal e 55% e 51,5% possuem Registro Geral da Pesca (RGP). Além do impacto ao meio ambiente, 38 e 92,4% afirmaram que o petróleo causou danos às áreas de pesca, foi citada a perda financeira: 24 declararam renda nula nos primeiros meses e 16 pessoas tiveram redução entre 50% a 70% da receita e 86,4% tiveram uma redução média na renda familiar. Apenas uma pequena parcela dos entrevistados 10% cita que órgãos públicos de diferentes instâncias atuaram, como: marinha, Instituto Chico Mendes de Biodiversidade - ICMBio, Exército e prefeituras. Problemas como a dificuldade de compra de outros componentes da alimentação básica e a desvalorização do pescado, tendo os valores demorado mais de um semestre para retornar ao preço de mercado, foram citados. Além disso, durante o período de pandemia, o pescado sofreu queda de demanda, resultando em maior diminuição do preço. Cita-se ainda a paralisação das reuniões da associação de pescadores e do conselho da Reserva Extrativista (Resex). Logo após o desastre, a pandemia ocasionou a desarticulação, visto que muitos pescadores (as) não possuem condições de acesso remoto. Observou-se a resistência dos povos tradicionais e ambiental. Apesar da sequência de impactos, continuaram pescando, o que não deve ser justificativa para a ausência de responsabilidade e ações de compensação. Prejuízos à saúde precisam ser investigados. Além disso, monitoramento ambiental e de sanidade do pescado precisa ser realizado de forma contínua. É necessária escuta das comunidades, inclusão digital para viabilizar reuniões de forma remota na pandemia, visando retomada das articulações que fortaleçam a gestão dos territórios de forma participativa e eficiente.
URI: https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/4431
Aparece nas coleções:TCC - Engenharia de Pesca (Sede)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
tcc_julianavieirademelogiusti.pdf1,4 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.